E Erik se calara. O Persa não lhe fizera mais nenhuma pergunta. Estava totalmente tranqüilo quanto à sorte de Raoul de Chagny e de Christine Daaé, e ninguém da raça humana teria podido, depois de ouvi-la naquela noite, pôr em dúvida a palavra de Erik que chorava.
O monstro tinha recolocado a máscara e juntado as forças para afastar-se do daroga. Anunciara-lhe que, quando sentisse o fim muito próximo, enviar-lhe-ia, como agradecimento pelo bem que este lhe quisera no passado, o que tinha de mais caro neste mundo: todos os papéis de Christine Daaé, que ela tinha escrito, no momento mesmo daquela aventura, destinados a Raoul, e que ela deixara a Erik, e mais alguns objetos que lhe tinham vindo dela, dois lenços, um par de luvas e um cordão de sapato. Respondendo a uma pergunta do Persa, Erik informou-lhe que os dois jovens, logo que se viram livres, tinham resolvido ir procurar um padre em algum lugar ermo onde esconderiam a sua felicidade e que, com esse intuito, tinham tomado “a estação do Grande Norte do Mundo”. Finalmente, Erik contava com o Persa para, logo que este tivesse recebido as relíquias e os papéis prometidos, anunciar a sua morte aos dois jovens. Devia para isso pagar um espaço nos anúncios necrológicos do jornal L’Époque.
Era só isso.
O Persa reconduziu Erik até a porta do apartamento e Darius o acompanhou até a calçada servindo-lhe de apoio. Uma caleça esperava. Erik subiu nela. O Persa, que voltara à janela, ouviu-o dizer ao cocheiro: “Aterro da Ópera”.
E depois a caleça mergulhou na noite. O Persa tinha visto, pela última vez, o pobre infeliz Erik.
Três semanas mais tarde, o jornal L’Époque publicava este anúncio necrológico:
MORREU ERIK
O monstro tinha recolocado a máscara e juntado as forças para afastar-se do daroga. Anunciara-lhe que, quando sentisse o fim muito próximo, enviar-lhe-ia, como agradecimento pelo bem que este lhe quisera no passado, o que tinha de mais caro neste mundo: todos os papéis de Christine Daaé, que ela tinha escrito, no momento mesmo daquela aventura, destinados a Raoul, e que ela deixara a Erik, e mais alguns objetos que lhe tinham vindo dela, dois lenços, um par de luvas e um cordão de sapato. Respondendo a uma pergunta do Persa, Erik informou-lhe que os dois jovens, logo que se viram livres, tinham resolvido ir procurar um padre em algum lugar ermo onde esconderiam a sua felicidade e que, com esse intuito, tinham tomado “a estação do Grande Norte do Mundo”. Finalmente, Erik contava com o Persa para, logo que este tivesse recebido as relíquias e os papéis prometidos, anunciar a sua morte aos dois jovens. Devia para isso pagar um espaço nos anúncios necrológicos do jornal L’Époque.
Era só isso.
O Persa reconduziu Erik até a porta do apartamento e Darius o acompanhou até a calçada servindo-lhe de apoio. Uma caleça esperava. Erik subiu nela. O Persa, que voltara à janela, ouviu-o dizer ao cocheiro: “Aterro da Ópera”.
E depois a caleça mergulhou na noite. O Persa tinha visto, pela última vez, o pobre infeliz Erik.
Três semanas mais tarde, o jornal L’Époque publicava este anúncio necrológico:
MORREU ERIK
Segunda dia 12
Veronika decide morrer
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