Vida de Espião

terça-feira, 18 de agosto de 2009


1º Capítulo

Rafael acordou assustado. O jovem de 16 anos, de olhos verdes e cabelos loiros, esfregou os olhos e começou a ouvir ruídos estranhos, então saiu do quarto para ver o que era. Arregalando os olhos percebeu que metade do bairro onde morava trançava por ali.
O que está acontecendo?! Pensou consigo mesmo.
De repente percebeu que estava com um pequeno short de dormir e uma blusa velha, e entrou para dentro do quarto rapidamente, e pulou de susto ao ver sua mãe ao seu lado com uma expressão preocupada, e antes de mais nada Rafa perguntou :
__Mãe, o que está acontecendo?
A mãe fechou os olhos suspirando.
__Seu pai sumiu.
__Como assim?!
__É isso mesmo, e todos aqui do bairro estão tentando achá-lo.
__Mas quando isso aconteceu? Indagou Rafa novamente, começando a temer que tivesse acontecido algo terrível a seu pai.
Sabrina de cabelos longos, pretos e cacheados de pele clara, com seus olhos verdes em um sorriso perfeito, parecia uma jovem modelo, e naquele momento ela tentava sorrir, mesmo com a expressão preocupada.
__Não o achei hoje de manhã, e o procurei achei manchas de sangue na garagem, e agora se transformou nisso!
__O pessoal está procurando?
__Sim, você poderia ajudar meu filho?
__É claro!
Sem prestar atenção em mais nenhuma palavra da mãe, o filho trocou de roupa e saiu correndo pela casa, percebendo que havia mais gente do que o normal, e se distraiu pensando se sua casa cabia aquilo tudo de gente ou era uma ilusão.
Chegando no hall de sua casa, um grupo de homens discutia e se separavam para procurar Mário, o pai de Rafael.
Assim sem conseguir identificar, alguém o puxou para o centro e disse :
__Por favor Rafael, precisamos de sua ajuda! Vá até o galpão e procure seu pai por lá!
Rafael assentiu e saiu, começando a ficar assustado.Já fora de sua casa, lembrou do que sua mãe tinha falado com ele a respeito da garagem que estava abarrotada de gente e preferiu não olhar , seguiu em frente em direção ao galpão abandonado que ficava um pouco longe dali.


Quando finalmente Rafa chegou ao galpão abandonado, empurrou o gigantesco portão de ferro e entrou naquele lugar sombrio.
Na verdade o jovem não sabia porque o tinham mandado para aquele lugar, afinal seu pai não estaria ali, ou estava?
Só se o tinham matado ... Rafael tentou afastar aqueles pensamentos ruins da cabeça, algo parecia sufocar sua garganta enquanto ele procurava algo em meio a pouca luz do sol que invadia as pequenas frestas.
Ele temia que encostasse em algo que respectivamente fosse seu pai no chão ...
Sem conseguir acha nada ali, subiu um lance de escadas com um pouco de dificuldade no escuro e entrou em um amplo espaço.
De repente ouviu um ruído e tateou algo para encostar, quando alguns morcegos passaram voando ali, Rafa deu um grito de susto e enquanto se desvencilhava dos morcegos desequilibrou e caiu em cima de algo.
Rafa passou a mão ali, e sem conseguir ver, o que era, sentiu o cheiro de sangue ..
Assustado ele começou a tatear e confirmou o que esperava... Era um corpo!
Puxando pelos pés com muita dificuldade, até um lugar que entrava luz, conseguiu ver um rosto, um rosto muito familiar, com seus cabelos loiros perfeitos, pele clara e olhos azuis que naquele momento estavam fechados, o pai de Rafa estava ali.
Rafael deu um grito de dor, que ecoou pelo galpão abandonado e se levantou, vendo tudo escurecer (apesar de estar escuro desde que entrará ali), ele não conseguia parar de tremer e uma lágrima escorreu pelo seu rosto, o jovem queria sair dali o mais rápido possível quando de costas pisou nos degraus da escada e caiu rolando no lance de escadas.
Quando parou no chão, Rafael estava desmaiado e sua cabeça sangrava sem parar.



Rafael abriu os olhos estava na ala de um hospital, sua mãe o olhava sentada de longe com uma expressão desesperada, o adolescente tentou sorrir, para aliviar a dor da mãe que provavelmente já sabia da morte de seu pai, sem êxito.

Já com o curativo na cabeça e ainda assustado depois de ter visto seu próprio pai morto, Rafa foi ao enterro com muita dor no coração, ajudando sua mãe a caminhar tristemente.
Mas naquele momento, vendo seu pai sendo jogado para a terra, jurou em nome de sua família que se vingaria e não aceitaria perdões e nem teria piedade,quando estivesse cara a cara com o assassino de seu pai.

Sexta Feira Tem O Segundo Capítulo! Não Percam!

1 comentários:

Blog disse...

Uhu...fantastico..muito bom...

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Paulo Victor Alexandre - Colunista