O dia estava frio, a neve continuava a cair lá fora
Sofia entra com uma carta em suas mãos, seu pai estava sentado na poltrona lendo jornal e sua mãe estava ao seu lado em pé.
- Papai, olha uma carta sem remetente.
- Que coisa estranha – disse a mãe
Deixe-me vê-la. Pediu o pai
- Hum, me parece um panfleto – disse ele curioso!
“pergunto a todo povo alemão;” “Você sabe?!”
Que diabo significa isso? Retrucou encarando o panfleto
Quem quer que seja que escreveu isso, tem muita coragem – pensou
Quem quer que seja que escreveu isso, tem muita coragem – pensou
Marx?! – Sofia fez uma cara de assustada, ela sabia quem tinha feito isso, ou pelo menos tinha quase a certeza disso.
De repente batidas fortes na porta – Policia! Abram a porta!
Sofia se espanta, e em sua cabeça já pensara no pior que deveria ter acontecido, eles deveriam de ter descobertos o que o seu irmão fez e veio prender-lo! – pensou
Sofia se espanta, e em sua cabeça já pensara no pior que deveria ter acontecido, eles deveriam de ter descobertos o que o seu irmão fez e veio prender-lo! – pensou
O pai abre a porta e vê dois oficiais nazistas altos e com caras fechadas
- o que vocês querem a essa hora da manhã? Perguntou o pai
- viemos fazer uma busca – respondeu o oficial mais alto e também mais fechado
- por qual motivo? Fizemos alguma coisa de errado? Perguntou novamente o pai.
Papai? Chamou Sofia encostada junto da mãe
O oficial maior entra e se aproxima de Sofia
Senhorita, você está inscrita na liga de moças alemãs? Perguntou ele
Não... Não me interessei muito. – disse Sofia o olhando
Bem! Leve essa garota! Diz o oficial para o outro!
O que? O que minha filha fez? Queremos uma explicação – disse a mãe gritando assustada!
Vamos só trocar umas palavras, ela será trazida de volta logo.
Não nos faça perder tempo, anda venha – disse o oficial e sacando uma arma
Sofia suou – Tudo bem. – disse
- o que vocês querem a essa hora da manhã? Perguntou o pai
- viemos fazer uma busca – respondeu o oficial mais alto e também mais fechado
- por qual motivo? Fizemos alguma coisa de errado? Perguntou novamente o pai.
Papai? Chamou Sofia encostada junto da mãe
O oficial maior entra e se aproxima de Sofia
Senhorita, você está inscrita na liga de moças alemãs? Perguntou ele
Não... Não me interessei muito. – disse Sofia o olhando
Bem! Leve essa garota! Diz o oficial para o outro!
O que? O que minha filha fez? Queremos uma explicação – disse a mãe gritando assustada!
Vamos só trocar umas palavras, ela será trazida de volta logo.
Não nos faça perder tempo, anda venha – disse o oficial e sacando uma arma
Sofia suou – Tudo bem. – disse
Sofia! Chamava a mãe chorando e o pai a segurando nos ombros
Não se preocupe mamãe, eu não fiz nada contra a lei. Disse Sofia olhando para trás pra ver a mãe, estava sendo levada pelo oficial, estava a segurando no braço.
Não se preocupe mamãe, eu não fiz nada contra a lei. Disse Sofia olhando para trás pra ver a mãe, estava sendo levada pelo oficial, estava a segurando no braço.
Uma mão bate na mesa com força e mostra um panfleto – um delegado nazista – era gordo, cara enrugada, olhos azuis e cabelos louros
- você já viu esse panfleto? Perguntou ele com uma voz firme e ameaçadora!
Sim... eu o encontrei essa manhã na caixa do correio e o li junto com meus pais. Disse Sofia com a voz suave e receosa, olhava para o homem em sua frente, amedrontada, os olhos eram profundos, demonstravam preocupação.
Como você reagiu ao lê-lo? Você não me parece surpresa. O que você pensa sobre o que está escrito ai? Pergunto o homem aproximando mais o seu rosto ao dela
- o senhor se refere ao fato... de que o governo está exterminando inúmeros judeus com gás e coisas do gênero? Perguntou Sofia abaixando a cabeça
É UMA MENTIRA ABSURDA! O Homem gritou batendo com força a mesa
- Porque você se recusou a se inscrever na liga de micas alemãs? Perguntou sentando novamente. Sofia levou mais alguns segundos pra responder
Fechou os olhos e se abraçou – por que eu não gosto dos ensaios das paradas militares.
- você não acha que esse seu ato é egoísta em relação ao povo alemão, ao qual você pertence? Perguntou o homem cruzando os braços
- não sei...
Você já viu panfletos semelhantes a esse?
Não.
Você tem idéia de quem possam ser... os autores destes panfletos?
- Não.
Inspetor! Chamou o oficial que a tinha buscado em casa
Ele o olhou, mas nada disse e voltou a olhar Sofia
Uma vez, para defender uma amiga judia... você protestou contra a policia, não é? - ele perguntou estudando o rosto dela.
Sim... Respondeu ela com uma voz quase sussurrante
Muito bem! Muito bem!
Eu a condeno a ser presa em uma cela por três dias, reflita sobre seu ato e certifique-se de que ele não se repita.
Sofia foi levada a cela, ficou parada, em silencio, não sabia o que pensar, seu corpo não sabia o que fazer. – O que aconteceu comigo? Sussurrou
Ouviu passos vindos em direção, tava barulhento
- Pense sobre suas ações! Alertou o oficial que tava prendendo mais alguém
- Às ordens! Respondeu a pessoa presa
Sofia, então conheceu a voz, ela foi até a abertura da cela
Marx? Gritou apavorada
Ele se virou rapidamente com a cara assustada
Sofia!
- Parece que eles se conhecem... - disse um oficial
Deixe estar, são apenas estudantes do mesmo bairro.- Disse o outro oficial -
Os dois ficaram numa cela, um em frente do outro, que permitia uma comunicação.
Yuri e meus outros amigos da faculdade também estão aqui. A Gestapo está interrogando todos os dissidentes um por um... - Disse ele
Não se preocupe... São apenas três dias! Disse ele rindo
Irmão... Sussurrou Sofia o olhando
O que nós fizemos?
A voz de Sofia do outro lado
O que? Perguntou Marx
Ela se abaixou, e com seus braços em cima dos joelhos cobriu sua cabeça e chorou
Sofia, não chore... Sofia
Me desculpe...- pediu Marx
Esse é um mundo perverso
Alguma coisa está errada...
Depois de três dias foram mandados para casa
Porque a policia não obteve nada deles, nenhuma informação sobre os autores daquele panfleto.
Depois a vida deles continuou como se nada tivesse acontecido...
Mas eles já sabiam que aquela vida já tinha acabado...
Alguns dias depois
Alex estava com seu uniforme oficial
De frente de Sofia, os dois se olharam por alguns segundos
Sofia, me inscrevi no exercito. Vou lutar pelo nosso país.
Sofia o encarou tremendo, não sabia se chorava ou não, ficou imóvel, e ele partiu sem nada dizer, sem um abraço, ela o via indo embora, teve vontade de gritar e chamar o seu nome e pedisse que ficasse, mas não conseguiu.
Seu irmão Marx também lutaria na guerra, ela ajoelhou-se na neve, engoliu as lágrimas, e com um dedo escreveu na neve. A vida é injusta...
Os homens que fazem a guerra roubam de nós o que mais temos de sagrado, roubam nossos irmãos, roubam nossos amores, sonhos, nossas alegrias, roubam tudo de nós!
Em 22 de junho de 1941
As forças militares alemãs deram inicio a invasão da união soviética com claros objetivos expansionistas...
Campo de batalha
Ele apareceu de repente na frente do nosso jipe cambaleando! Disse um soldado
Teve algum ferimento sério? Perguntou o outro soldado
Não, relatou apenas um corte na cabeça
Seria inconveniente que um carro hitlerista tivesse ferido um cidadão. – ele disse alguma coisa?
- não, não abriu a boca.
O que ele tem? Ele sequer bebeu o café que preparamos para ele – disse outro soldado
- Ei, você! Não sabe falar? Você quer alguma coisa? – perguntou um outro soldado, era loiro, olhos azuis e profundos e bastante expressivos, não demonstrava tanta preocupação com a sua voz parecia soou!
Alex virou para o Soldado, o encarou...
E respondeu – O massacre dos judeus.
De Rafael Zimbrão
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