Reencontro
Sofia saiu?– perguntou o pai
Sim, espero que ela esqueça logo esse acontecimento horrível com Rosa. – disse a mãe olhando fixamente pra fora na janela.
Achei que você não se lembrasse mais de mim – disse Sofia
Bem...
Aquele pra mim foi um dia muito especial. Disse Alex olhando para o chão debaixo da arvore. Ela olhou em seu rosto com a leve surpresa no que ele acabara de dizer
- especial?
Sofia, agora você está no colegial?
Sim, e você Alec?
Estou no ultimo ano.
Então, ano que vem você vai pra a faculdade! Meu irmão se inscreveu em medicina e mora numa republica – disse Sofia abrindo um sorriso
Ele correspondeu ao sorriso dela, um sorriso torto em seu rosto e virou o rosto para o outro lado e o sue olhar se perdia em algum ponto do jardim, o mesmo jardim que eles tinha se encontrado há dois anos.
Não posso me permitir ir para a faculdade – disse Alex
E seus pais, Alec?
Ele baixou seu rosto para o chão – estão mortos – disse com uma voz amargurada
Me desculpe... eu...
Tudo bem – disse ele a olhando nos olhos
Ela o encarou por um momento, sua expressão tinha se tornando triste, ela se sentiu culpada por ter feito lembrar-se de coisas tão dolorosas.
- Tem uma pessoa, ele se chama Henlein. É um alto representando da juventude hitlerista. É um ex-nobre rico. Me ajudou quando eu não sabia pra onde ir. Até encontrou um apartamento pra mim. Então por enquanto estou me virando – disse Alex
Ela pôs a mão em seu peito e o fez olhar nos olhos e disse
Você passou por tantas coisas difíceis.
Ele fechou os olhos e ela também fez o mesmo
- Olha...
Como você fez aquele dia...
Você me daria um beijo? – ele pediu
Ela abre os olhos, estava nervosa, encostou seu rosto junto ao dele, sentindo a respiração fria dele, ele correspondeu aquilo de uma forma suave, sentindo o cheiro dela.
- podemos nos ver de novo?
Mamãe!
Vou sair, volto logo!
Sofia passou em frente da casa de Rosa e reparou na porta ficou um símbolo em forma de estrela... Um símbolo judeu...
Observou por um tempo aquilo e tentando não cair ali e chorar mesmo, sentia saudade da amiga que foi pega pelos nazistas e nada sabia o que aconteceria com ela. A angustia em seus olhos reinava ao olhar aquilo, com certeza mudaria o caminho pra sair, não suportava mais olhar para a casa de Rosa, fechada, sem vida, sem risadas, sem calor humano, aquela casa se tornou tão vazia!
Alec! Ela gritou de alegria ao ver-lo
Saiamos para nos divertir juntos.
Os campos de batalha ficaram tão longe novamente...
E ainda que estivéssemos em tempos de guerra, as saídas dos salões baile eram sempre cheias de gente. Até parecia que o tempo tinha para e nós procurávamos estar juntos, deixando para trás o peso nos nossos ombros...
Como se quiséssemos afastar alguma coisa invisível.
Eles riam pelos campos floridos do jardim
Foram ao parque de diversões, o frio tava mais rigoroso, a neve caia em flocos em seus cabelos, os olhos deles se encontravam varias vezes e sorriam muito.
Ele passou seus braços em volta dela e pôs a cabeça dela em seu peito, a protegendo do frio. Ela descansou a cabeça em seus braços.
- Seria perfeito... Se pudéssemos ficar assim para sempre. – ela disse, ainda em seus braços
Sofia abriu a porta de casa procurando por movimentos
Olá! Ela disse
Papai e mamãe já saíram. Você não ia a um concerto com eles? Disse Marx
Ah! Nem lembrei – ela respondeu
Marx estava sentado no sofá, todo agasalhado, sua pele ficava mais branca com o frio, seu olhar eram vazios, não tinha expressão em seu rosto.
Você está em casa hora dessas? Ela perguntou
Voltei para pegar uma coisa que deixei aqui. – ele respondeu
Você está namorando, não é? Ele perguntou abrindo pela primeira vez naquele dia um sorriso.
Há...! Sofia abriu a boca tentando achar palavras para repudiar e deixou cair papeis que estavam na mesa.
Ela se abaixou – me desculpe, eu já recolho tudo...
Marx – Deixa, não precisa! Disse ele logo se abaixando para pegar os papeis
Ela um papel e leu e viu que era um rascunho de um panfleto
“Você sabe... para onde são levados os judeus que desaparecem de um dia para o outro e o que acontece com eles?” – Dizia o panfleto
Marx, o que é...
Antes de ela completar a frase, ele puxou o papel de sua mão
São textos que eu vou usar para um debate na faculdade. – ele disse
Ela olhou em seus olhos com sofrimento
Se disser essas coisas, vão pensar que você é partidário dos judeus. Disse ela com as palavras esbarrando e quase com um grito, espantada!
E daí? Ele abaixou a cabeça
- vão te prende! Vão te colocar na prisão! Ela dizia quando ele dava as costa para ela
- não fiz nada de errado! Ele disse
E nem eles.
Sofia, Rosa fez alguma coisa de errado?
Sua voz alterada e sofrida
-o olhar de Sofia cerrava com força e uma voz a chamava
Sofia! Sofia! Sofiaaaaa!
Era uma voz que sentia dor, que sofria! Era a voz de Rosa
Fechou suas mãos e fechando mais os olhos
Por que os judeus precisam se capturados? Você sabe por quê?
Você tem mesmo consciência de tudo o que está acontecendo? Dizia Marx
PARE COM ISSO!
Gritou Sofia
- se não pensarmos nisso... Ainda poderemos nos divertir
Não seremos atormentados pela angustia... Se não tivermos duvidas – disse Sofia, com a voz chorosa
Mas essa é a realidade, Sofia.
Devemos continuar a questionar...
Por que eles têm que ser mortos. Disse Marx com pesar nas palavras
Ela arregalou os olhos, assustada
Ser...
Mortos?
No próximo Episódio de Gritos da Liberdade
Alec, do que você gosta de mim? Ela perguntou
Estavam agora sentados no chão do canto da pequena sala do apartamento,ele estava com os seus braços em volta do pescoço dela, ela sentado ao seu lado com os joelhos dobrados e agarrava a gola da camisa dele e chorava.
Quando estou com você, posso esquecer os pensamentos incômodos. Então...
Isso significa que nós somos dois covardes. – ela disse com uma voz firme, mas com pesar triste.
Estavam agora sentados no chão do canto da pequena sala do apartamento,ele estava com os seus braços em volta do pescoço dela, ela sentado ao seu lado com os joelhos dobrados e agarrava a gola da camisa dele e chorava.
Quando estou com você, posso esquecer os pensamentos incômodos. Então...
Isso significa que nós somos dois covardes. – ela disse com uma voz firme, mas com pesar triste.
Ela levantou seu rosto e o olhou nos olhos
O que aconteceu com Rosa? Ela perguntou
Hã? Ele tentou desviar seus olhos do dela, mas ela a encara de um jeito que ele não pode fazer isso.
Uma amiga minha. Você não se lembra dela?
O que aconteceu com Rosa? Ela perguntou
Hã? Ele tentou desviar seus olhos do dela, mas ela a encara de um jeito que ele não pode fazer isso.
Uma amiga minha. Você não se lembra dela?
Eu podia me contentar fingindo estar feliz com você... Disse com a sua voz enfraquecida
Levou sua cabeça aos joelhos e suas mãos em voltas das pernas.
Levou sua cabeça aos joelhos e suas mãos em voltas das pernas.
No proximo episódio
De Rafael Zimbrão
3 comentários:
Olá amigos do Oiftv, espero que tenham gostado do episódio, na proxima semana um novo episódio com fortes emoções. Não percam... a guerra começa e com ela vem as reviravoltas da vida de sofia, Alex, Marx e outros.
obrigado por acompanhar a série.
que quiser entrar em contato comigo
meu msn é: rafaelportal5@hotmail.com
Um grande abraço a todos!
Estou gostando muito, parabéns Rafael!
muito legal...parabéns
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