O destino das flores passa por dualidade:
Enfeitar momentos felizes e momentos tristes.
Algumas enfeitam a vida
Outras enfeitam a morte
Outono
Um dia bem próximo do outono, em setembro de 1939, que uma densa e trágica nuvem precipitou a cobrir a humanidade.
Paulatinamente os tentáculos da hidra nazista iam alcançando os mais íntimos recônditos das almas humanas.
Tinha inicio a segunda guerra mundial.
Aquele seria um primeiro outono de angustias, de trágicos momentos e também de momentos de redenção. Tristezas e alegrias, momentos reais.
Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do trafego.
Uma flor ainda desbotada
Ilude a policia, rompe o asfalto
Façam completos silencio, paralisem os negócios.
Garanto que uma flor nasceu.
Pássaro morto
Duas meninas brincavam no jardim, riam alegremente. O dia estava ensolarado, brilhava forte, o frio parecia que daria um tempo nos próximos, as folhas secas caiam das arvores, amareladas e avermelhadas. Um dia perfeito para nascer o amor. Um amor puro da infância. Sofia e Rosa, elas estavam felizes naquele dia.
Naquele tempo vivíamos na luz
Sofia – não se preocupe, tenho certeza que ele vai ficar bem.
Mas Sofia, não há nada que o faça se mexer, caiu de uma arvore tão alta, talvez não sobreviva! Disse Rosa
Rosa, a pequena judia, amiga de Sofia, se abatera quando um filhote de passarinho caira da arvore. Os olhos lacrimejavam, aquela pequena criatura não se movia, e aquilo a deixara desesperada, pela primeira vez presenciaria um morte, uma morte de vida tão inocente, como era um passarinho, que apenas vivia por viver.
Por favor, não chore Rosa – pediu Sofia.
Quando você chora, me dá vontade de chorar também, vamos!
Éramos tão felizes que poderíamos inventar com facilidade mentiras bondosas.
- por que está chorando? Uma voz de repente surgia do nada, Sofia se vira e vê um menino, aparentava ter a mesma idade dela, era louro, tinha olhos azuis e em sua face demonstrava muita atenção e carinho.
Esse passarinho caiu daquela arvore...
E agora não se mexe mais, será que ele ainda pode voar?
Disse Rosa, ainda com lagrimas no rosto.
Dê ele para mim.
Como? Indagou Sofia - estava com o passarinho em suas mãos, o menino tocou com delicadeza, pegando o passarinho de suas mãos
Eu o devolvo para o ninho. Disse o menino abrindo um sorriso
Mas... tentou falar Sofia
Subiu na arvore onde estava o ninho
Preste atenção! Cuidado pra não cair! Alertou Sofia ao menino
De repente um barulho na arvore
O menino desceu correndo da arvore
Me desculpem, ele escapou, está voando para longe, lá naquela direção – dizia ele
Onde? Onde?
Sofia e Rosa tentavam ver o passarinho voando
Me desculpem, estou cansado, me distrai e ele conseguiu escapar da minha mão.
- pelo contrario, estamos contentes que ele esteja bem, não é Sofia?
Ah... Sim, claro. Afirmou Sofia desconsertada que acabara de presenciar.
Então, vocês são alunas do ginásio de Hoffendorf que estão acampando aqui?
Perguntou o menino.
Sofia se virou para ele novamente, aproveitando que Rosa tinha saído para outro lado do jardim, encarou o menino nos olhos.
Ei, como você ressuscitou o passarinho para ele voar?
O menino a encarou, se fazendo de assustado
Ah... você sabia que ele estava morto? Disse com as mãos na boca e quase sussurrando...
Sofia, olhou para ele docemente, admirando a atitude nobre dele.
Obrigada... é?
Alex. Me chamo Alex!
Eu sou Sofia!
Obrigada Alec. Agradeceu Sofia o beijando na face
Um passarinho voou para longe
Você fez com que ele voasse...
No céu do meu coração.
Escrita por: RAFAEL ZIMBRÃO
Central OIFTV de Dramartugia
4 comentários:
Nossa muito legal essa serie......e vcs irão se surpreender com os proximos episodios...eu já recebi a sequencia e está imperdivel.....
Mto bom, parabéns!
Tá muito lindo, mas acho que vai ficar mais triste por causa da guerra.
agradeços a todos que tenham gostado da série!
E vem mais emoções por ai, não percam os proximos capitulos! e espero comentários de voces, obrigado!
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